Bolsonaro não será o último político brasileiro a fomentar um sentimento anti-China entre seus seguidores
OLIVER STUENKEL
23 OCT 2020 – 14:08 CEST
A oposição de Jair Bolsonaro à aquisição da vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, questionando a credibilidade do imunizante “pela sua origem”, simboliza a transformação irreversível da relação bilateral entre o Brasil e o gigante asiático.
Até recentemente, a China ―o maior parceiro comercial do Brasil há mais de uma década ―vinha conseguindo evitar a politização de sua crescente presença no país. Apostando em um perfil discreto, os diplomatas chineses ficavam longe dos assuntos internos e eram hábeis em se manter fora do radar do debate público brasileiro ―uma estratégia facilitada pela constante superexposição dos Estados Unidos na discussão…